Ainda na primeira quinzena deste mês, rolou um bate-papo bem bacana com o Fred Rocha. Ele é especialista em varejo e esteve no Shop.Org Summit, um dos maiores eventos do mundo sobre e-commerce, que acontece nos Estados Unidos. Diversas palestras debateram sobre o futuro do varejo eletrônico e o Fred passou um resumo do que foi falado por lá.
O papel do mobile é um dos principais destaques quando o assunto é o futuro do e-commerce. A popularização dos smartphones mudou o comportamento dos e-compradores e faz com que as empresas também tenham que pensar em como se adaptar a isso.
Um exemplo disso é o surgimento dos pagamentos mobile, como o Apple Pay, do qual o usuário utiliza o iPhone como meio de pagamento tanto de lojas físicas quanto de lojas virtuais. Outros dados importantes sobre esse assunto que devem ser destacados é o fato de que muitos dos usuários têm o primeiro contato com uma marca através do smartphone.
a tendência que é está sendo vista é a do smartphone como elo de ligação entre o físico e o online. Ou seja, é importante que as empresas pensem em sites que sejam amigáveis para esse tipo de experiência.
Os marketplaces ainda movimentam muito o comércio eletrônico. Além disso, eles estão sempre pensando em inovações no mercado digital. A Amazon, por exemplo, resolveu aquele probleminha chato do valor do frete com o Amazon Prime. Com este serviço, o assinante paga US$ 90 ao ano e suas compras são livres de frete.
Também é interessante ficar de olho no que andam fazendo os marketplaces chineses, que devem dominar o mercado ocidental nos próximos anos. O site Alibaba, por exemplo tem um volume de vendas duas vezes maior que a Amazon!
Cada vez mais o big data será importante para uma melhor conversão no e-commerce. Com o big data, é possível segmentar melhor o perfil do comprador, estreitando a proximidade entre o cliente e a empresa.
A personalização também faz com que as vendas sejam mais assertivas. Ao invés de oferecer ao cliente um produto de acordo com o perfil daquela última compra realizada, o big data permite que o e-commerce ofereça através de um e-mail marketing, por exemplo, um produto de acordo com o histórico de compras que ele realizou. A segmentação não precisa ser apenas para e-mail marketing. É possível também segmentar vídeos! Uma empresa americana de materiais de construção segmenta vídeos para clientes de acordo com o tipo de casa que eles possuem. Assim eles conseguem oferecer de forma assertiva produtos para aqueles que curtem uma reforminha no fim de semana.
Pode parecer algo muito distante da nossa realidade, mas o conceito de objetos conectados à internet é cada vez mais forte. A tendência é que a comercialização dos wearebles aumente com a popularização do Google Glass e do iWatch, por exemplo. O desafio no e-commerce está em encontrar meios (muito provavelmente apps) que se adaptem a esses tipos de aparelhos para que o usuário possa comprar um produto, literalmente, com o piscar de olhos.
Marcio Eugênio é especialista em e-commerce, com mais de 13 anos de experiência na área, e sócio-fundador de três empresas focadas em e-commerce. É colunista em diversos portais relacionados a comércio virtual, administração e empreendedorismo, além de contar com vasta experiência em comércio eletrônico. Foi eleito em 2016 como o melhor profissional de e-commerce pela Abcomm, através de votação popular, e é apresentador do maior canal focado em e-commerce do Youtube no Brasil. O Projeto mais recente de Loja virtual é a https://www.monnieri.com.br/ que saiu do zero a um milhão de reais de faturamento em menos de dois anos.
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