Um levantamento recente aponta que 3,03% das mais de 40 milhões de transações analisadas no e-commerce brasileiro sofreram alguma tentativa de fraude em 2017. Nesse período, foram mais de 203 milhões de pedidos processados no nosso comércio eletrônico — o que significa que um ataque cibernético ocorreu a cada 5 pedidos.
Muitos fraudadores viram com bons olhos a possibilidade de conseguir algum benefício no período de instabilidade econômica pelo qual o país vem passando. Os riscos, é claro, são bem visíveis (e altos!), mas é possível reduzi-los com algumas medidas preventivas. Continue lendo para saber quais são elas!
Imagine a situação: gestores e colaboradores passam longos períodos definindo estratégias, investem em anúncios e SEO. O que ocorre quando são fraudados? Ficam desestimulados e, muitas vezes, desorientados com a situação.
Portanto, fraudes minam os esforços do negócio, causando um prejuízo que vai além do financeiro e chega até mesmo ao emocional dos envolvidos.
Além disso, o negócio pode sofrer com interrupções técnicas, dados corrompidos e até o fechamento do e-commerce devido ao prejuízo financeiro. É um contexto que exige um plano de ação eficaz, capaz de identificar falhas e ações fraudulentas, impedir ataques e roubos de dados dos clientes.
Entre os principais ataques cibernéticos está o uso de cartões clonados ou de terceiros que não tem ciência do golpe e o roubo de informações. Acompanhe as possíveis medidas de proteção para casos como esse.
A política de proteção reúne todas as ações que devem ser conduzidas pelo e-commerce. São diretrizes que devem ser seguidas por colaboradores, administradores dos sistemas e clientes.
É essencial, portanto, desenvolver padrões de comportamento relacionados à segurança da informação, mecanismos de restrições de acesso, ferramentas de proteção, controle e monitoramento.
Algumas transações fraudulentas são feitas utilizando aplicações que empregam vários números de cartão de crédito/débito seguidos até finalizar a compra. Para evitar que o e-commerce seja fraudado por esse tipo de ação, é necessário estabelecer um limite de tentativas por login. Veja a possibilidade de entrar em contato com o consumidor para avaliar o motivo das transações negadas.
O certificado SSL (Secure Socket Layer) é uma ferramenta para criptografar as informações trocadas entre o cliente e a loja virtual. É caracterizado pelo cadeado no canto inferior do site e muitos usuários nem chegam a se aprofundar no site se ele não tiver o cadeado.
A análise de risco consiste em comparativos entre os padrões do comportamento dos usuários atuais do e-commerce com os padrões dos usuários que finalizaram seus pedidos. Ela pode ser feita de forma manual ou automática por meio de uma aplicação específica.
Entre as checagens estão:
Quando algum desses (e outros parâmetros adotados pela loja virtual) se mostram muito acima ou abaixo da média padrão, o software ou pessoa responsável pela checagem manual rejeita o pedido, protegendo o negócio contra eventuais fraudes.
O contato com o comprador por meio do telefone, WhatsApp, rede social ou e-mail evita muitas ações fraudulentas. Isso acontece porque muitas informações fornecidas no processo desse tipo de compra podem estar erradas. Para ter certeza que a operação é legal, basta entrar em contato informando o ocorrido e se o pedido foi feito por ele mesmo.
Se ele disser que foi mesmo o comprador, informe que se trata de uma medida de segurança para resguardar as duas partes. No entanto, se ele afirmar que não foi o autor do pedido, a loja evita uma fraude e ainda tem a chance de orientar o cliente a pedir outro cartão e/ou modificar sua senha.
Há muitos criminosos virtuais por aí — e eles estão sempre criando formas de ataques cibernéticos que podem lesar o lojista. Seguir essas orientações é apenas o primeiro passo: é importante se manter atualizado e vigilante para evitar prejuízos maiores. No mais, boas vendas!
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Marcio Eugênio é especialista em e-commerce, com mais de 13 anos de experiência na área, e sócio-fundador de três empresas focadas em e-commerce. É colunista em diversos portais relacionados a comércio virtual, administração e empreendedorismo, além de contar com vasta experiência em comércio eletrônico. Foi eleito em 2016 como o melhor profissional de e-commerce pela Abcomm, através de votação popular, e é apresentador do maior canal focado em e-commerce do Youtube no Brasil. O Projeto mais recente de Loja virtual é a https://www.monnieri.com.br/ que saiu do zero a um milhão de reais de faturamento em menos de dois anos.
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