Você que possui um negócio e está investindo em marketing, procurando saber mais sobre o assunto para escolher as melhores ações para divulgar o seu produto ou serviço pode ter se deparado com uma série de termos. Alguns deles, em princípio, você pode nem saber do que se trata, não é mesmo?
Se você já se deparou com o termo inbound marketing pode ter achado que se tratava de algo completamente diferente de tudo o que você já fez para divulgar a sua marca. No entanto, se você, como empreendedor, já usou algum tipo de marketing digital é bem possível que já tenha feito uso do inbound marketing.
Esse termo se refere a estratégias criadas para chamar a atenção do público alvo do seu negócio, mas sem abordá-lo diretamente. Para entender melhor, é possível falar do seu opositor, o outbound, que se refere às ações de marketing mais tradicionais, como anúncios nos veículos de comunicação, entre eles, rádio, televisão, jornal, etc.
Com o outbound marketing, o consumidor é interrompido pela empresa que pede alguns momentos da sua atenção para conhecer o seu produto. Isso pode ser por meio de telemarketing ou de uma forma mais sutil, por um anúncio de televisão. Você não pediu para o consumidor assistir ao seu comercial, mas de certa forma ele é obrigado a vê-lo.
No entanto, o inbound marketing faz o caminho inverso. Ele cria estratégias para que o consumidor chegue até a marca, porque quis e não porque lhe foi imposto. Sites de uma empresa são ótimos exemplos, porque eles não aparecem do nada na tela do computador, foi o internauta que decidiu dar o clique derradeiro, que o levou ao site da marca.
Embora ainda hoje em dia se use muito o outbound marketing e ainda tenha o seu valor, inclusive, para alguns segmentos do mercado, a verdade é que em termos gerais o inbound tem mostrado inúmeras vantagens. O primeiro deles é a redução dos gastos com ações de publicidade.
Investir em sites, blogs, redes sociais e outros recursos da internet é imensamente mais barato que anunciar nos veículos de comunicação. Claro que existem publicidades em jornais com preços mais acessíveis, mas eles não oferecem a mesma repercussão de grandes mídias com espaços publicitários muito mais caros.
No entanto, a visibilidade de um site na internet pode ser muito maior do que um anúncio no principal jornal do país. Claro que para esse site ter uma repercussão notável é preciso seguir algumas regras, mas é possível e, por isso, o seu custo é muito menor e, até mesmo, em alguns momentos, gratuito.
Um bom exemplo disso são as redes sociais, que não se gasta nada (ao menos diretamente) para usá-las, ao mesmo tempo, que é possível ser visto por milhares de pessoas. No entanto, o inbound marketing não se trata apenas de anunciar nas mídias digitais, mas sim, se agregar valor, o que deve ser feito com o chamado marketing de conteúdo.
O inbound marketing também recebe o nome de marketing de atração, já que é essa a sua função. Mas a atenção não precisa ser voltada para o produto ou serviço que é oferecido, mas para algo que leve até ele. Assim, além de site e blogs, outros recursos usados são newsletters, podcasts, vídeos, e-books, fóruns, perfil nas mídias sociais, social bookmarking, guest posting, entre outros.
A questão é que todos esses meios pelos quais é possível propagar a sua marca não são usados para escancarar os seus produtos e serviços, mostrando a sua logomarca, por exemplo, mas sim, para promover marketing de conteúdo. Esse tipo de marketing agrega valor a sua empresa, ao mostrar que ela não quer apenas comercializar uma mercadoria, mas informar, ensinar, etc.
Ou seja, ao invés de divulgar em uma rede social a imagem do seu produto com um texto comercial, você vai publicar um post que fala sobre algo relacionado ao seu produto, mas não sobre ele. Quem vende smartphones, por exemplo, pode postar um artigo próprio ou mesmo encaminhar um texto que fale sobre como as pessoas cada vez mais usam os seus telefones móveis com acesso à internet.
Se o seu negócio é vender roupas, as postagens podem ser sobre dicas de moda. Esse marketing de conteúdo pode ser agregado de forma inteligente em todas as ferramentas do inbound marketing.
Embora empresários de negócios físicos possam e devam investir no inbound marketing, empreendedores de lojas virtuais já possuem a faca e o queijo na mão para promoverem ações de inbound marketing. Uma tendência das lojas virtuais é ter um blog associado a sua plataforma, apenas com artigos relevantes.
Isso permite que o internauta que busca por um determinado assunto caia no blog do e- commerce, interesse-se pelo produto e o adquira, sem que em nenhum momento você tenha que ter escancarado a sua mercadoria em um anúncio tradicional. Dessa forma, sem que você o abordasse diretamente, o internauta se tornou o seu cliente.
Esse tipo de venda é muito mais promissor ao negócio, não só porque não exigiu um alto investimento financeiro. Mas também porque aumentou as chances desse novo cliente recomendar a sua marca, voltar ao seu blog/site, adquirir novamente um produto e se tornar fiel a sua marca. Assim, ficam bem claros os princípios do inbound marketing: atrair tráfego para o seu e-commerce/site, converter visitantes em leads (contatos) e, posteriormente, leads em vendas.
Marcio Eugênio é especialista em e-commerce, com mais de 13 anos de experiência na área, e sócio-fundador de três empresas focadas em e-commerce. É colunista em diversos portais relacionados a comércio virtual, administração e empreendedorismo, além de contar com vasta experiência em comércio eletrônico. Foi eleito em 2016 como o melhor profissional de e-commerce pela Abcomm, através de votação popular, e é apresentador do maior canal focado em e-commerce do Youtube no Brasil. O Projeto mais recente de Loja virtual é a https://www.monnieri.com.br/ que saiu do zero a um milhão de reais de faturamento em menos de dois anos.
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